"Ratos e Urubus larguem minha alva
alegria. Perguntem, perguntem, ao Criador quem pintou esta oeste aquarela livre dos açoites da senzala. Mas preso na Vaidade das
palacianas querelas”.
Há uma joia que brilha no grande eldorado
do velho oeste Carioca, e este lume que fulgura no imaginário do bairro da
Taquara, é a única perola que reluz nosso cabedal histórico a grande simbiose
CASA GRANDE & SENZALA. Entre o mar e as montanhas a velha baixada de Jacarepaguá,
os "Sertões Carioca" segundo Arnando Magalhães Correia (1889-1944).Das
antigas Sesmarias doadas por Salvador Correia de Sá, o “Velho” aos seus 2
filhos Martin e Gonçalo no final do século XVI, uma grande gleba foi vendida no
inicio do século XVII aos ancestrais do Clã Teles Rudge.
E sobre o cume de uma Colina, num vasto campo
verdejante com uma aleia de guardiãs palmeiras imperiais, esta lá uma autentica
joia da arquitetura colonial rural. A Fazenda da Taquara que ao longo dos
séculos muitos admiradores contemplaram o terno cuidado e o labor de homens e
mulheres desta Plêiade familiar. Uma dinastia de FRANCISCOS: Lobo Telles, Barreto
Telles de Meneses, Fonseca Teles e Teles Rudge. Segundo nos informa em seu
livro Raul Teles Rudge ”Sesmaria de Jacarepaguá”. Em sua ultima entrevista ao
jornal do Brasil em 1958, Leopoldina Francisca de Andrade, a Baronesa da Taquara, falava
com nostalgia do tempo que com seu esposo recebia a todos com porteiras abertas,
dentre alguns notáveis, a ilustre família Imperial.
No terreiro frente ao casario
todo lajotado, não secava mais o ouro verde dos Barões eram outros tempos, a
grande riqueza da nobre família era o privilégio de cuidar da memória dos
ancestrais do amado esposo o Barão da Taquara (1839-1918). Vários Engenhos foram erguidos
no velho Oeste Carioca ao longo do tempo com suas casas senhoriais, muitas delas
não existem mais. É muito lamentável o que percebemos , desrespeito pelo nosso patrimônio cultural. Lembrem-se da
fazenda e capela do VIEGAS, do capitão D. Francisco Viegas de Azevedo de 1715 em Senador
Camará, Engenho Novo de 1662 junto do aqueduto do século XVIII na Colónia
Juliano Moreira, hoje está em ruínas, só ruinas.
Hoje para perpetuar este privilégio
diante dos nossos olhos ao contemplar esta raridade que desde 1938 é tombado
pelo IPHAN é saber que a família é a base de tudo, é ela a chama viva da
história do nosso Oeste Carioca.
Marcos
André D.C.N.de Azevedo
(Historiógrafo do
Noph - Jpa )
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Essa fazenda taquara é onde se localiza o atual condomínio fazenda passaredo ?
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