sexta-feira, 2 de novembro de 2012

OBITUÁRIO DA HISTÓRIA:Engenho de Fora(Mato Alto)

OBITUÁRIO DA HISTÓRIA: Engenho de Fora (Mato-Alto) Em 30-10-1634, após vender a Jorge de Sousa Coutinho a meia légua de terras em Jacarepaguá em que se formou o Engenho da Serra,fez Salvador Correia de Sá e Benevides a venda de que dá notícia a seguinte escritura:


terça-feira, 9 de outubro de 2012

Fazenda VIEGAS: Obituário da história 1715-1996


    Uma grande rede de parentela senhorial,foi a fazenda do Viegas.O antigo engenho da Lapa passou a se chamar do "VIEGAS"por ter pertencido á família Viegas,que ao longo de quase  duas decadas construiu a capela anexa a casa em 1725. A casa já existia desde o início do século XVIII,com um oratório dentro da Casa Grande.
  Essa família era tipica "Nobreza da terra" Tupiniquim: Descendentes de conquistadores quinhentistas que,dentre vários ramos descendia Manuel de Sousa Viegas e o tenente coronel FRANCISCO VIEGAS  de AZEVEDO fiador dos irmãos JOSE do AMARAL e Doutor CLAUDIO GURGEL do AMARAL,na venda do Engenho Nossa Senhora dos Remédio em JACAREPAGUÁ  no final do séc XVII.Esse engenho no final do século XVIII passa da família VIEGAS para o capitão ANTONIO GARCIA do AMARAL,sobre o crivo da rede de negócios de parentela. Já em 1800 o engenho é comprado pelo alferes MANUEL  ANTUNES de SUSANO antigo senhor de engenho da freguesia de Campo Grande.
   Dentre tantos donatários ao longo dos séculos, destacamos na metade do século XIX o Barão de Campo Grande FRANCISCO GOMES de CAMPOS. Em 20 de setembro de 1820 contraiu casamento com D.MARIA LUIZA SUSANO CAMPOS que herdou a fazenda do VIEGAS: O engenho, os escravos e as roças que além dos milhares de pés de café já plantados em larga escala nos morros entorno do VIEGAS, a velha sesmaria da antiga propriedade até a serra do MENDANHA e a fazenda Coqueiro.
  A Comendadora Dama de Campo Grande  D. LUIZA faleceu em 7 de novembro de 1853, FRANCISCO GOMES de CAMPOS foi agraciado pelo Imperador D.Pedro II com a comenda de Cristo,em decreto de 1841,e o titulo de Barão de Campo Grande com honras de grandeza, em decreto de 15 de janeiro de 1861 .Em 17 de janeiro de 1865 ou seja quatro anos depois de receber o titulo, faleceu o Barão de Campo Grande.Foi sepultado no cemitério  São João Batista.
   Fechou-se um grande ciclo de donatários que viveram ou administraram o antigo Engenho da LAPA ou a Fazenda do VIEGAS. A velha casa o antigo Solar dos Barões de Campo Grande,é tombada pelo IPHAN desde 1938 e pela municipalidade desde 1996  decreto 14.800 em 14 de Maio de 1996 ( Cria a Unidade de Conservação Ambiental - Parque Municipal Fazenda do Viegas , Senador Camará (AP5)  e dá outras providências ) e esta em ruínas depredada por vândalos e curiosos,um OBITUÁRIO DA HISTÓRIA DA ZONA OESTE CARIOCA. Diz a lenda é um parque MUNICIPAL S.O.S Viegas! OBITUÁRIO: 1715-1996.






Antigo Solar do Barão de Campo Grande no século XIX,
Planta da Fazenda Viegas

Janeiro de 2013 - 


segunda-feira, 4 de junho de 2012

Fazenda da Taquara









"Ratos e Urubus larguem minha alva alegria. Perguntem, perguntem, ao Criador quem pintou esta oeste  aquarela livre dos açoites da senzala. Mas preso na Vaidade das palacianas querelas”.
  Há uma joia que brilha no grande eldorado do velho oeste Carioca, e este lume que fulgura no imaginário do bairro da Taquara, é a única perola que reluz nosso cabedal histórico a grande simbiose CASA GRANDE & SENZALA. Entre o mar e as montanhas a velha baixada de Jacarepaguá, os "Sertões Carioca" segundo Arnando Magalhães Correia (1889-1944).Das antigas Sesmarias doadas por Salvador Correia de Sá, o “Velho” aos seus 2 filhos Martin e Gonçalo no final do século XVI, uma grande gleba foi vendida no inicio do século XVII aos ancestrais do Clã Teles Rudge.     
  E sobre o cume de uma Colina, num vasto campo verdejante com uma aleia de guardiãs palmeiras imperiais, esta lá uma autentica joia da arquitetura colonial rural. A Fazenda da Taquara que ao longo dos séculos muitos admiradores contemplaram o terno cuidado e o labor de homens e mulheres desta Plêiade familiar. Uma dinastia de FRANCISCOS: Lobo Telles, Barreto Telles de Meneses, Fonseca Teles e Teles Rudge. Segundo nos informa em seu livro Raul Teles Rudge ”Sesmaria de Jacarepaguá”. Em sua ultima entrevista ao jornal do Brasil em 1958, Leopoldina Francisca de Andrade, a Baronesa da Taquara, falava com nostalgia do tempo que com seu esposo recebia a todos com porteiras abertas, dentre alguns notáveis, a ilustre família Imperial.        
  No terreiro frente ao casario todo lajotado, não secava mais o ouro verde dos Barões eram outros tempos, a grande riqueza da nobre família era o privilégio de cuidar da memória dos ancestrais do amado esposo o Barão da Taquara (1839-1918). Vários Engenhos foram erguidos no velho Oeste Carioca ao longo do tempo com suas casas senhoriais, muitas delas não existem mais. É muito lamentável o que percebemos , desrespeito  pelo nosso patrimônio cultural. Lembrem-se da fazenda e capela do VIEGAS, do capitão D. Francisco Viegas de Azevedo de 1715 em Senador Camará, Engenho Novo de 1662 junto do aqueduto do século XVIII na Colónia Juliano Moreira, hoje está em ruínas, só ruinas.
  Hoje para perpetuar este privilégio diante dos nossos olhos ao contemplar esta raridade que desde 1938 é tombado pelo IPHAN é saber que a família é a base de tudo, é ela a chama viva da história do nosso Oeste Carioca.
                                                                                       Marcos André D.C.N.de Azevedo  
                                    (Historiógrafo do Noph - Jpa )